terça-feira, 24 de maio de 2011

tem que aprender a dar valor, gente!



Eu não considero meu pai uma pessoa doente. Ele está bem disposto, tá trabalhando, bocejando (sim, bocejando .. vocês nem imaginam como é o bocejo do meu pai. Só OUVINDO para entender), tá dirigindo, tocando, cantando, viajando, contando piada (...) Enfim! está se comportando como uma pessoa sadia, nem parece que passou pelo que passou ou que está passando pelo que está passando.
Sim, meu pai ainda não tá cem por cento livre da rotina de hospital. Ele agora está fazendo tratamento a base de remédios para tirar o restante do tumor que ficou na cabeça dele e, antes fosse só um comprimidinho qualquer. O remédio é barra pesada!
Você le a bula e fica com medo ... só desgraça como consequência, altos efeitos colaterais, alguns que nos causam verdadeiro pavor.
A gente fica sempre com um pé atrás, pois tudo agora a gente pensa que tem ligação com a cirurgia.
Se ele passa mal, é a cirurgia. Se ele sente tontura, é a cirurgia. Se ele desmaia, é a cirurgia que não foi bem sucedida. São sustinhos que assustam de verdade.
Com isso chego a pensar que nossa vida não será a mesma por muito tempo. Pelo menos não por agora.
Mas posso te dizer que se ele continuar com esses bocejos dele ... tudo estará muito bem! Benditos bocejos. Como são reveladores!
Eu definitivamente sou muito ligada à minha familia. São os que mais amo!
Lembrando que, para mim, minha familia não são apenas as pessoas que vivem aqui sob o mesmo teto que eu. Familia é tio, avô(ó), bisavó(ô), tios, padrinhos, madrinhas, primas, primos, animais, amigos (...) vixe! uma cambada! Tô cercada de amor e retribuo viu? Isso é o mais importante.
Fico abismada quando vejo adolescentes reclamando dos pais que tem, ainda mais quando isso acontece por motivos futeis. A gente tem que dar valor, tô falando sério. É discurso clichê, mas vai sentir na pele o desespero de se ver sozinha(o)! do nada ..

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