terça-feira, 18 de janeiro de 2022

uma semana sem josé na terra

ainda me acostumando com este pensamento ..

a vida tem uns trem que num dá memo pa entender. eu só queria achar logo um sentido pra isso .. ressignificar essa angustia, essa partida que inda num parece fazer sentido nenhum.

oiar com calma esses evento

saber pa que lado isso vai

qual a ideia .. qual o proximo passo a partir dessa nova realidade.

o mundo sem ele num cumbina .. mas acho que com o tempo isso vai se modificando também.

hoje, já me sinto um pouco menos chorosa, mas sigo perdida sem saber se é rezano ou oiano po céu que os trem vai se ajeitar mió. sem rumo .. indefinições. vontade de sabê, mas sabendo que talvez a ideia é descobrir só depois, com a vida mais acontecida.

josézim, acho que nem eu sabia ..

zuba


domingo, 16 de janeiro de 2022

para josé .. em algum dia de 2019

 .. josé me movimenta, me faz sair de todas as modalidade de extremo que existe.

saio da norte pra sul e encontro em sua casa um outro tempo. 

josé vive memo notro ritmo e  desafia todos os meu compasso. 

subo o morro que dá pro seu barraco numa escadinha fia da  mãe que conta miliuma histórias de tropeço. 

já na porta, sou recebida pela sem graceza de josé, todo tímido pelos desencontro dotro dia. 

os mecanismo de funcionamento, nesse ponto, é comum .. 

ir é memo só pa quem vai

e nois vamo.

já nas ota alegria, me mostra cum jeitim bonito as boina que tá fazendo com restoio de 

guarda-chuva. tudo sem molde, só nas ideia.

costurinha feita à mão e que encaixa bunitim na cabeça. 

sorrio por ver que ele existe daquele  jeito e que faz uns trem bonito nesses improviso puro de existença .. 

zuba após encontrar josé, em algum dia de 2019

ainda em luto

ainda em processo de ressignificação deste momento.

josé me inspirava muito. sempre que o via escrevia algo, pois me afetava enormemente. 

eu sabia que era importante pra mim, mas é a despedida do mundo que faz a gente perceber o tamanho do que a gente sente.

e é muito grande ..

ainda naquelas pira de "e se" e "eu devia" .. mas uma hora passa.

foi como devia ter sido .. por mais triste que seja a marca deste destino.

eu espero que ele não tenha sofrido e que hoje esteja em paz, oiando de cima seus trem preferido.

eu sei que vou sentir muita saudade e angustia pela falta de oportunidade de reve-lo. a vida vai ficar mais demorada por aqui.


despedida à josé (11 de janeiro de 2022)

 


teve um dia que num tive ota alternativa senão me apaixonar ..
oiava cos ói e rebubinava na mente comé que se fazia possível um evento de gente daquele tipo.

conhecemo pelo reggae, mas seu gato era samba e clube de esquina só podia memo ser um de seus discos preferido.

escrevia bonito porque entendia de vila e de belezas e num se prestava a falar difícil porque sabia que tudo que é palavra se acaba no final.

pois fique oce sabeno que na época eu fiz foi de tudo só pa chegar perto daquele homi, numa sagacidade que nem eu mema sabia sair de mim.

rumei motivo e inventei inté metodologia científica só pa poder lidizê umas pequena palavra. tomamo sorvetes, falamo da vida e de uns trem tão bão que dava nem pra miorar.

ocupano o morro da lua, me levou pa oiar o céu de sumpaulo e rir por aquele mai bem feito projeto de descuido: ele conseguiu. 
era todo mundo, menos josé. 

josé, a exceção do tempo. 
a exceção em mim.

costurando boné com resto de sombrinha enquanto nada se resolvia.
desenhando flyer com lápis de cor, colorindo os muro de sua comunidade.
construindo seu barraco, enfeitando sua morada com uma delicadeza que só podia memo ser fia dele.

tudo era de fazer sorrir e lembrar da vida.
observar seu cotidiano era se perguntar todo dia de que diabo de buraco a pressa saiu.
calmaria.

ocê vê meteoro, mai num encontra uma pessoa dessas viveno num lugar desses..

hoje, com o coração triste, sabemo da morte precoce de josézim.

muitas lembranças atolam a mente. 
dos primeiro encontro à nossa última primavera, quando celebramos nossos aniversário.
josé virô amigo, daqueles que cê fica bem em ter notícia boa. num há como mudar o querê duma qualidade de gente assim.

é de chorar.

depois de meses torcendo pano pa rumar letra, hoje volto aqui porque num há oto jeito de se viver essa tristeza.
mai inda assim, num há escrevança que caiba no tamanho que tem um acontecido desses.

"gosto muito de ocê"
em paz, josezim. muito obrigada por fazer parte dessa grande aventura ..

zuba