terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

janela, janelinha, janelão



"Abrir a janela" é uma frase que pode variar de sentido dependendo de quem a escuta, a lê, a interpreta. A vida é assim. Não existe um modelo de vida, existem vários e essas variações são causadas justamente porque não pensamos iguais ..
Ou será que pensamos iguais e não sabemos? Eu acho que é um pouco de cada.
A gente cresce pensando, discursando a opinião dos outros e só depois de um certo tempo que começamos a assimiliar ideias, perspectivas, a formar o nosso testemunho. Porém, mesmo no nosso testemunho carregamos influências do meio, portanto, não pensamos tão diferente assim dos outros. É como se apenas trocassem os corpos, nunca os pensamentos.

Então como responder a questão inicial? Como responder que não existem modelos de vida iguais uma vez que dentro de nós existem vários pensamentos alheios introduzidos? Acredito que a resposta esteja exatamente na tal da janela!

Há quem abra apenas uma fresta dessa janela, há quem a abra pela metade, quem há abre completamente e também há quem nem se quer ousa abri-la!
Falando por mim .. eu sou uma pessoa que nasceu com a janela totalmente fechada e que aos poucos vem tentando abri-la ... venho tentando enxergar novos horizontes, levar a sério a frase que diz que o buraco sempre está mais abaixo.
E é nessa minha manha que eu vou descobrindo novos pensamentos, novos motivos, novas ideias.

Eu não quero dizer com isso que sou um ser vivo diferente. Sou igual, infelizmente. Mas não busco cada vez mais ampliar meus conhecimentos simplismente para tentar ser A diferente, é por questão de insatisfação mesmo. Minha satisfação não existe e nem deve existir, pois uma vez que ela entra em jogo, a partida termina. Estar satisfeito é o limite e eu não quero isso!
Os pensamentos alheios que temos dentro de nós são simplismente limites alcançados em determinadas situações. Limites sociais e mentais é o que abastece a maioria das cabeças.

Nessa toada posso concluir que quem vive com a janela fechada, vive com as perspectivas dos outros na cabeça, nada além disso. Tendo apenas essa visão você automaticamente se torna um ser igual e limitado. Não é um ser que explora o fundo, que aproveita o infinito, o mistério.

O mistério do planeta, o nosso mistério ...

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