quinta-feira, 19 de julho de 2018

muié, num faz isso comigo, não!



foi ino pa barra funda que a muié no metrô me puxou pruma conversa das mais profunda.

tava sentada no banco pensando com quantos quilo de poesia é que se faz uma alegria, quando ela arrumô de me perguntá as hora.

era uma e vinte e oito, entreguei logo uma e meia. 
num era nem preguiça de sílaba, mas é que mentira de dois minuto num deve nem ter perna pra encurtá.

respondido, deu nem o tempo dos bate pronto da mente e ela já tava era sentada do meu lado.

"4 anos já dá pra amá, né?", ela pergunta dum jeito aquecido.
a partir dali, os oxe da minha mente só fez responder com os uai do meu coração.

aquela muié que meu zói nunca tinha temperado falava comigo de amor, justo um dos único trem que num tem nem butão na calculadora e nem juízo na minha cabeça.

e nos durante de toda aquela prosa ela dizia comé que se sente. exibia uns encantamento confirmado e que num se abalava nem memo com morte recente.

uma semana vivendo a morte do pai e falado cuma clareza de quem só podia já ter entendido parte dos arrumado da vida.

nois se sorri e a força do encontro se confirma.
digo prela se mantê forte porque da vida nois é que é a lombriga.

ela ri dum jeito baiano e eu sorrio com tudo o que a minerice já fez comigo.

se levanta e dá um tchau antes das intromissão do apito.
e eu fico ali oiando pa frente e pensando em comé que o destino tem memo tudo pa sê metido. 

ele vem sempre na hora certa ..


zuba

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