sábado, 13 de abril de 2024

10/04/2024 - o dia em que fui demitida do SUS

eu gosto de escrevê as dor de barriga que dá no meu coração, e hoje num dava jeito de ser diferente..

enquanto era tirada do SUS justamente por brigar demais por ele, limpando meu armário, encontro essa camiseta em mei a um tanto de foias de casos e discussões passadas. 

eu nem sabia que esse trem tava morando ali dento, como que conversando com minhas pequena revolução cotidiana, nutrindo, sustentando meu corpo nos invisivo de coragens pra seguir lutando e defendendo o que acredito, que é o direito ao acesso a uma saúde que seja pública, política, do povo e para o povo. 

já há algum tempo venho me dedicando a uma militância mais ativa e, por isso, mais arriscada, porque num dou mais conta de confiar soluções a instituições e partidos. 

têm sido meses exaustivos, tendo que trabaiar em casos complexos de saúde mental e em serviços precarizados, com trabaiadores sobrecarregados, sendo atravessada por perseguição e assédio, mas muito bem acompanhada por colegas que reforçam os sentidos dessa luta, que se quer coletiva, estratégica, criativa, sensível, bem humorada, fofoqueira e apaixonada ❤️ 

o SUS, esse trem bonito e que nois adora compartilhar e celebrar, já num cabe mais em discursos e em slogans.

já num é possível proteger o SUS sem se expor, sem dar ao menos o dedim pra radicalidade, sem coletivizar, sem contagiar, sem se arriscar a sentir uns fri na barriga. 

hoje, tudo o que se afasta disso, vai contra o SUS. 

precisamos voltar a nos encantar pela luta, lembrar do por que estamos aqui.. os sentidos e importância do que fazemos enquanto trabalhadores na saúde pública. retomar o que nos trouxe até aqui para pensarmos novos SUS possíveis. 

sem isso, sem SUS. 

num há mais mei do camim .. 

❤️ aqui nois capota, mai num breca .. simbora 🤙


zuba!

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