terça-feira, 26 de abril de 2011
na fazenda é bom ...
Venho sentindo um desejo um tanto quanto curioso nestes ultimos dias.
Me veio a ideia de voltar a viver na fazenda. Isso é estranho porque desde que eu venho me adaptando à São Paulo, a última coisa que eu jurava não querer era fazer isso. Sentia quase horror, como se fosse coisa de outro Mundo ... e é coisa de outro Mundo! Na fazenda você vivencia momentos e sentimentos que nenhuma cidade -seja grande, ou pequena- é capaz de te proporcionar.
É a natureza, a quantidade de animais que são criados soltos, o isolamento, a calmaria, o fogão à lenha, o dormir às 20:00 horas, não ter mais medo de aranhas, cobras, morcegos, baratas, buscar o leite, dormir na rede (...) e inumeras outras situações que estão diretamente ligadas à vida no campo e que me fazem querer desesperadamente sentir na pele novamente essa rotina.
Confesso que sinto uma grande saudade daquele tempo. Hoje sou feliz, mas quando eu vivia lá minha felicidade tinha uma outra cara, tinha outros motivos e todos, sem exceção, eram motivos simples, isentos de tecnologia ou vaidade qualquer.
Tinha toda a beleza do mundo lá, toda a natureza ao meu redor. Cada pedrinha que eu pegava na mão fazia parte de uma longa e demorada história ... a paciência do tempo, de cada árvore enquanto crescia, a paciência de todo esse ambiente natural veio pousar em mim e essa é uma característica que eu mantenho até hoje, mesmo vivendo aqui nesse tamanho de cidade, com esse tantão de gente que dorme com o relógio no pulso!
Eu não sei se existe a possibilidade deu retornar a viver na roça ... possibilidade sempre existe e hoje, além dela, ainda tenho a saudade, o desejo. Sei que isso conta muito!
Mas não dá pra ser assim ... por enquanto eu tenho é que manter guardada todas essas lembranças e agradecer por ter tido essa oportunidade de viver num lugar tão lindo! No entanto, meus objetivos são outros e é improvável que eu vá conseguir alcança-los vivendo isolada no meio do mato. Sem contar que esse desejo logo passa ... é coisa de momento. Mas que eu fui feliz lá, não me resta dúvidas!
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