quinta-feira, 14 de março de 2013

mais um dia triste em minha vida



"Quê! Mãe? Você tá doida?!!"

Essa foi uma das raras vezes em que eu esperei pela sanidade. Gostaria de recebe-la de braços abertos, sem aquela lágrima que expulsa o riso e traz o desespero. Fazer o que ... querer esperar o mínimo de lucidez do verbo viver, é sim desejar além da conta.
Cabeça vazia, olhos cheios. Lotados dum trem que eu não gosto, dum agá dois ó com gosto que arrepia. Arrepia tanto, mas tanto, que eu até me lembro que eu tô viva. Belisco a cuca e fico consciente de que eu ainda posso aprontar muito com o meu cabelo. Nessas ondas em que a gente tá, ser pego de surpresa é não ter o direito de contestar a falta de aviso. Ninguém me contou, há uma hora atrás, que agora eu estaria muito triste. Se eu soubesse, daria vida longa ao que num tem graça nenhuma: A tristeza. E ela é sem graça mesmo. 

Eu desejo muita paz ao que foi e aos que ficam. Que a gente possa, mais uma vez, compreender a dimensão da vida e, principalmente, a da morte. Um coração bom merece vários outros. 

Agora é mais um que vai ficar sentadinho na poltrona invisível
Olhando o que tá por fora 
E o que tá por dentro
O que se esconde
E o que se entrega.

Vida!





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