Bom dia, senhor Coubert!
Gustavo Coubert
TEXTO: ETICA (Resumo)
*obras que aliam o subjetivo ao coletivo; biografia individual ao que é pintura mesmo.
*obras que despertam e que solicitam sensações e sentimentos.
*David = celebra revolução francesa + imperio napoleonico; Delacroix = liberdade politica. Coubert = está na marginalidade, no que ainda n tem valor constituido. Atribuem-se a sua arte a estetica realista. (embora n exista em coubert a ideia de uma objetivação do real, n toma o real enqto algo autonomo)
*Campo da marginalidade = territorio de eleição, um territorio privilegiado em relação ao dos outros homens.
*Artista marginal = é aquele que nao deve mais nada nem ao mundo, nem a ninguém - a nao ser a si proprio. Ele está acima dos outros homens. Ele é obrigado a construir uma etica para si.
* Coubert: autonomo .. cagando e andando pros outros. quer causar, faz o que sente vontade. "todo artista deve ser seu proprio mestre". botar pra fora singularidades, "a plena liberdade de sua expressão propria"
* Coubert nao curte instituições. nao curte escolas, nao curte academicismos. mas isso nao faz dele um mero "espontaneo". Há em Coubert a ideia da arte ligada à fabricação, e nela está subentendido o dominio dos processos que levam à realização do objeto artistico.
Ruptura com instituições e com tradições culturais imperantes.
*Quais tradições? as classicas (coubert recusa o belo ideal, a referencia greco-romana) e as romanticas (imaginario, literario, sentimental ..).
*COUBERT TEM HORROR DO IDEAL E DO IMAGINARIO. para ele, as formas da cultura são convencionais, superficiais, superfluas e enganadoras.
*Tá, então ele recusa imaginario, instituição, cultura, ideal, pedagogia .. que que sobra? A ÉTICA DA SIMPLICIDADE E A ÉTICA DO OLHO
*"eu pinto o que eu vejo" = o privilegio do olhar, vinculado a uma individualidade. Para coubert, o artista só pode retratar o que está ao seu alcance, e isto num sentido profundo de conhecimento intimido, de vivido.
"o alcance do meu olho é determinado pela cultura a qual eu pertenço, por aquilo com o qual eu estou, verdadeiramente, familiarizado".
*O UNIVERSO DE COLBERT É COMPOSTO POR:
1) dele proprio; 2) das mulheres; 3) da natureza - mas em paisagens que ele conhece bem; 4) dos camponeses, mas dos camponeses da sua região;
*ELIMINANDO TODO SENTIMENTALISMO, TODA ELOQUENCIA, ESTE OLHAR DEVE SER SIMPLES. DEVE TRATAR, SEM EFEITOS FACEIS, COM GRANDE FIDELIDADE, AQUILO QUE ELE ESTÁ REPRESENTANDO.
* A ETICA DA MARGINALIDADE:
central na etica artistica de coubert = o papel que ele atribui ao artista (+ que ao objeto artistico).
ex: os camponeses que ele pinta nao sao importantes aos seus olhos pq eles são simplesmente camponeses, mas são importantes pq eles existem artisticamente por um ato instaurador do artista."
* não se trata da etica da arte, mas sim, da etica do artista
*Coubert causava. Era tipo como narciso, como alguem que autoglorificava-se e que se colocava em evidencia. O corpo é importante para Coubert, ainda mais pq desde sempre ele era mó figurão, mas depois fica gordinho e vira chacota dos migos e de inumeras caricaturas.
*Coubert se vale de seu narcisismo enquanto instrumento afirmador do lugar, ao mesmo tempo marginal e superior, do artista. Então ele é bem narciso mesmo na pintura, mas se n fosse isso, muito n teria sido discutido em relação à figura do artista.
*Altas pinturas de Coubert em que ele se representava sendo o fodão da parada em relação ao publico que o apreciava. Mas sempre naquele esquema: pintando o que ele via.
*Uma pintura em especifico, a "bom dia, senhor coubert" demonstra legal essa questão. Duas pessoas (publico) tão pagando mó pau pra ele. Tendo Coubert andando com autonomia, à pé, até onde ele queria ir. No entanto, alguns estudos encontraram uma referencia legal dessa pintura, sugerindo que foi inspirada em outra bem similar que ja existia. Nessa outra pintura, um judeu errante estava na mesma posição que Coubert, insinuando que era assim que o artista de sentia:"um personagem que não tem o seu lugar, que está fora da sociedade, que é vagabundo, que está À MARGEM dela".
*O ARTISTA = O MARGINAL
*No entanto, o que diferencia Coubert dessas referencias de sua pintura, é que Coubert nao se enxerga apenas como uma artista marginal, mas sim como um artista marginal que é SUPERIOR. Para tanto, ele é obrigado a estabelecer uma ética de fidelidade à sua arte, isto é, renunciar o proprio lugar no mundo porque sabe que o seu lugar é no universo elevado da arte, e ela vale o seu sacrificio.
*SEC XIX = processo de transformação do papel do artista que rola logo depois que David fica famosão/poderoso. Coubert será o primeiro a encarar a produção artistica como independente, livre do poder e das instituições e de qualquer etica que nao seja a propria do artista.
*Ao traçar o TERRO MARGINAL = estabelece o lugar (ou nao-lugar) dos artistas de vanguarda que surgem após ele. Estes serão mais radicais a ponto de ignorar o mundo, ou sacrificar a razão, a vida, pela atividade artistica. (ex:Gauguin, Van Gogh, Cézanne).
*Coubert, ao recusar uma oferta dum trampo lá de Napoleão, redigiu um dos maiores documentos que retratam a "dignidade humana", tendo em vista que o artista teve a moralzinha de negar o $ e reconhecimento de um Estado que cagava e andava pra arte. Se Coubert aceitasse, caíria por terra tudo o que ele pensava sobre a figura do artista.
Na carta:"Tenho 50 anos e sempre vivi livre; quando morrer, quero que digam de mim: aquele nunca pertenceu a nenhuma escola, a nenhuma Igreja, a nenhuma instituição, a nenhuma academia, sobretudo a nenhum regime, a não ser o regime da liberdade".
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