o silêncio
dono de profundidades
alarga o incerto
e mexe nas alturas
fica grande perto de nossa pequenês
e se apequena toooodo quando somos gigantes
e é nisso que moramos
num corpo que num cabe em palavras
que se demora em frases
e que se rouba em outras tantas
num corpo que oia
pisca
flerta
abraça
e que por fim se fecha
só pra poder se alumiá
se mistura em suas vozes
em seus tempos
em suas artes
passeia pela duVIDA
e de novidade nessa história
encontramos só o "du"
o resto é esperto ..
enfrentamos um mundo ativo
que conversa fiado
conta piadas de mau gosto
e que ainda zomba de nossos planos
mas quando somos rugosos
confundimos seu riso
e aí ele num tarda a entrar em nossa dança
dança que em
um
dois
três passos
num dimensiona
a imensidão do eu
eu que cala*
mas que num nega
só pra nunca ter que calar
ZUBA
*ficamos em silêncio. estar em silêncio = denuncia.
e é dessa denuncia que precisamos para que NUNCA NOS CALEMOS*
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