sexta-feira, 25 de setembro de 2015

minha amiga foia reflete a vida



hoje enquanto caminhava pro metrô o tempo danô de budiá .. o céu emprestou seu sol, as nuvens decidiram invadir e o vento, que já tava era cansado de ficar dendecasa, soprou laaaaargo .. e foi nessas sopranças que as foias, desprendidas de seus outonos, começaram a correr na direção dos meu zói!!
gaio, poeira, pedrinha, te contá que meu par tava com o poder, parava tudo que era coisa nele .. e meu corpo (que teimava contra aquela corrida) recebeu uma foia .. e ele a levou a sério demais!
peguei a foia, oiei em seu oiá e os óim briavam um brio perdido .. ela tava confusa e eu, numa brincadeira de vida, disse que ia leva-la para conhecer outros lugares da cidade, e fomos!!

andamos muito, retribuímos o "tchau" da garotinha loira que tava indo pra escola e, por fim, chegamos até a estação! depois dum tempo de anos, visualizei uma nina que num via há um ticão .. tava diferente, nem se lembrava de mim. ela ria toda pro celular e eu me ria toda pra amiga foia .. minha amiga foia, que parecia bem esclarecida em suas linhas, naquele momento alumiou o mais confuso dos sentimentos .. e a vida fez sentido em seu traço! segui satisfeita aquela viagem, mas num durou muito tempo ..

em um dos passos do dia, enquanto alisavoiava minha companheira, percebi que eu havia sido um tanto quanto injusta: ela seguia seu caminho, mas teve a infelicidade de bater justo nimim! às vezes ela nem queria dar essas voltas todas e eu a confinei às minhas noções .. pobre foia, a essas alturas ela ja tava era mirradinha, toda cansada daquele vuco vuco. pedi desculpas, mas dadas as experiências do dia, confirmei com ela que se há algo em comum entre nós, esse algo é o destino .. e com ele a gente se resolve cada um em seu tempo! quando ela tivesse de ir embora, ela iria, e para seu alivio, num ia ter tanto de mim nessa decisão. ela pareceu concordar.

perto de casa, pensava em como terminaríamos este dia .. não me prolonguei muito pois já havíamos conversado sobre como respeitamos a beleza do incerto .. mas ao fim do pensamento, como se o destino tivesse cara, cheiro e pressa, veio o vento e a pegou de volta .. vai ver ainda era o mesmo!! seu danado ..

ela caiu
e eu continuei andando
esfreguei meus dedos uns nos outros, senti a superfície da falta
dei uma risadinha
mas num oiei pra trás
porque destino é coisa de frente
coisa que a gente enfrenta todo dia ..

ZUBA

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na hora certa entendedores entenderão! 
no mais, um beijim pra minha amiga foia .. obrigada por construir comigo esse dia lindo e cheio de metáforas!


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

registro poetico da aula de hoje



o silêncio
dono de profundidades
alarga o incerto
e mexe nas alturas

fica grande perto de nossa pequenês
e se apequena toooodo quando somos gigantes

e é nisso que moramos
num corpo que num cabe em palavras
que se demora em frases
e que se rouba em outras tantas
num corpo que oia
pisca
flerta
abraça
e que por fim se fecha
só pra poder se alumiá

se mistura em suas vozes
em seus tempos
em suas artes
passeia pela duVIDA
e de novidade nessa história
encontramos só o "du"
o resto é esperto ..

enfrentamos um mundo ativo
que conversa fiado
conta piadas de mau gosto
e que ainda zomba de nossos planos
mas quando somos rugosos
confundimos seu riso
e aí ele num tarda a entrar em nossa dança

dança que em 
um
dois
três passos
num dimensiona
a imensidão do eu

eu que cala*
mas que num nega
só pra nunca ter que calar


ZUBA



*ficamos em silêncio. estar em silêncio = denuncia.
e é dessa denuncia que precisamos para que NUNCA NOS CALEMOS*



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ensino religioso nas escolas publicas


http://www.ebc.com.br/educacao/2015/06/stf-promove-debate-sobre-ensino-religioso-em-escolas-publicas

ensino religioso ou ensino centrado nas concepções católicas sobre a religião?

para que tá fei, fi
hoje me lembrei dos meus tempos de fundamental ..
percebi como essa matéria assumia uma postura profundamente autoritária e que, por ser assim, excluía tantas outras possibilidades.

mas cá pensando .. o perfil da escola tem sido esse:
repasse de saberes e conhecimentos sob uma única perspectiva. as outras não têm espaço, não têm estrutura para serem debatidas.

é sempre um lado da moeda
o lado que dá moeda

é osso!!


domingo, 20 de setembro de 2015

sem saber o nome do que pratica



"Mora comigo, na minha casa, um rapaz que eu amo. Aquilo que ele não me diz porque não sabe, vai me dizendo no seu corpo que dança para mim. Ele me adora e eu vejo através dos seus olhos um menino que aperta o gatilho do coração sem saber o nome do que pratica. Ele me adora e eu o gratifico só com os olhos que o vejo. Corto todas as cebolas da casa, arrasto os móveis, incenso. Ele tem medo de dizer que me ama. E me aperta e mão, e me chama de amiga."


abre as asas sobre nós



"mas afinal, o que diabos é a liberdade? será que é aquilo que sempre faço quando sempre quero? ou é aquilo que me quer, e aí eu faço na hora que quero?"


trecho de "tatuagem", filme.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

sabado à noite, deitada no colchão


(foto de Jean)


durante os dias de viagem da JUS, passamos por várias situações que saíram da curva. muitas delas marcadas pela presença da chuva.
a tempestade invadiu a cidade .. o vento estava inquieto e empurrou tudo que era água pra dentro de nosso alojamento. alguns materiais foram perdidos, malas foram molhadas, colchões e cobertores ensopados, mentes atormentadas. sem banho, sem eletricidade, todos à luz de lanternas. vontade de fugir.
mas não fugimos.

sabado à noite, um dia antes de voltarmos para são paulo. saí do nosso show de talentos que estava sendo realizado na praça da cidade. o show foi lindo! estava lotado, um clima de união surpreendente, população ativa, sorrisos .. risadas .. o show do ser!!

em uma caixinha que decidi montar para a feira da saúde, bolei algumas frases de auto aceitação. parava pessoas, conversava com elas e pedia o consentimento para que um papel fosse retirado.
quanto dente eu vi nesse dia! pessoas quietas em seus cantos .. tentando fugir, como todos nós, mas que se voltaram para si depois de ler a mensagem sorteada.

mas ao fim desse dia, decidi voltar para a quadra. tomei meu banho e me deitei. ela estava vazia .. 5 ou 6 cabeças, o silencio do vazio .. e a mente toda barulhada
eu queria escrever .. eu queria curtir aquilo que construímos por meses.


as horas
por gostarem de seus ponteiros
abraçam-os na furia do infinito
e aí
o passo se deita
a cabeça se rende
e as mãos se enchem de dedos tagarelas

mãos que conversam com os olhos
e que riem sorrisos
confissões
confusões
lágrimas
chuvas
apagões que clareiam suspiros
terra que se revirou
e ventos que deram altos rolês por aí
sacudindo enxurradas de eu

é ..
o destino pega
se apega
e decide me devolver mais uma vez

destino .. ê destino
me entregue
me coloque no dentro
me tire a certeza
e me admire nas ignorâncias que pisco

pois no fim
será nós
o eu que não sabe
quase não se vê
mas que se sente

ZUBA


domingo, 13 de setembro de 2015

ironias do destino - mais uma viagem jus



(JUS/2015)

fim do ciclo jambeiro
um peso fica
o outro vem

vida
ocê é muito danada


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

a pessoa com deficiencia e a crise das identidades na contemporaneidade



http://www.scielo.br/pdf/cp/v40n139/v40n139a03.pdf

leia com calma!