sexta-feira, 31 de maio de 2013

reciclagem




Eu existo
Desde que decidiro
Fazer isso por mim
Mas eu
No fundo de minha casa
Sempre esperei pela fatia
Desse trem que vem
E que se apaixona pelo ser

O solo 
É bunito di duê o coração
Às veiz tranca tudo
Mas libera a liberdade
Voa a brabuleta
Que me sussura nas zoreia um mião de verdades!

Num amasse a testa
Com o que num te ama
A realidade
É um pedacim
Dum trem que nem sempre se come
É o resto
Da cabeça
Do lunático

Hoje passa o caminhão de lixo
E eu já tenho tudo armado.



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