domingo, 27 de fevereiro de 2011
dia especial.
Eu acho que sempre vou me emocionar ao meu lembrar daquele sábado á tarde em Minas Gerais, minhas férias, junto com minhas primas.
Nós estavamos decididas, ficamos a semana inteirinha falando que íamos no Grupo de Orações para Jovens na cidade. No dia do encontro nós nos atrapalhamos e quase que não fomos, mas de última hora deu tudo certo.
Chegando lá escutamos um monte de verdades, absorvemos tudo. Uma das verdades dizia que todas as pessoas que estavam lá, estavam simplismente porque tinha que estar, porque o recado, o sentimento que estava introduzido naquela tarde, naquele grupo, tinha que ser encaminhado diretamente para nós. Fomos os escolhidos da vez, mesmo sofrendo contratempos.
A mensagem foi linda. A tarde foi linda, o momento foi especial, talvez o mais especial que eu tenha em mente.
Eu não sei se é psicológico, se é fé, se é fato (...) o que eu sei é que eu entrei lá de um jeito e saí de outro. Entrei inquieta, com um monte de dúvidas, preocupações e saí de lá levitando, como se eu nunca tivesse tido grandes problemas na vida ... foi uma limpeza geral.
Na época (que não faz muito tempo), a novidade que eu tinha recebido sobre meu pai ainda era muito recente. Eu não estava totalmente por dentro da situação e, por isso, tinha muito medo de estar sendo poupada de algo mais grave. Então não estava confiante, tava chorando atoa, sentindo tudo ... tudo mesmo. Tava muito mal.
Mas aquela tarde me livrou de todo esse incomodo. Eu me senti no colo de Algúem que foi capaz de tirar de mim todo o peso. Foi como amor,carinho de mãe, só que bem mais forte, tão forte que me foi estranho.
Foi uma experiência que todos os jovens deveriam passar, deveriam sentir na pele. Faz um bem tão enorme pra alma, pra mente, pro coração. Lá eu chorei de soluçar, desabafei de todas as formas que me eram possíveis. Não senti vergonha de estar sendo observada ou de estar passando por algum constragimento. Afinal de contas, eu estava lá por algum motivo, nós estavamos lá por algum motivo ... não sei se o meu era mais ou menos forte do que os dos outros jovens que estavam por lá, mas aquela era a minha intenção e, para mim, era forte o bastante para acabar comigo.
Nunca vou me esquecer daquele dia, coisa dificil de acontecer. Senti coisas que são explicaveis, porém, não é qualquer um que sente .. é sempre maior do que tudo o que você pensar, imaginar ser. É sempre mais, mais e mais .. por isso não consigo descrever completamente, sinto que sempre vai faltar algo a mais.
Aquele dia foi único por causa disso, porque eu sei que nunca vou conseguir explica-lo totalmente, ao contrário do que estamos acostumados.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
o destino e suas mãos
Já fora citado no blog um dos meus planos para 2011: socializar. Não é mesmo? Pois acho que o destino está dando uma ajudinha nisso. Saiba por que.
Há tempos volto da escola escutando música, com o fone socado na orelha e no último volume, logo, é bem dificil alguém ousar vir falar comigo. Seja no ônibus, na rua, na faixa de pedestre (...) é como se os fones fossem sinônimo de ausência. Na verdade, não é como se fosse, eles representam ausência mesmo.
O engraçado é que uns dois dias depois da minha postagem sobre o meu plano de socialização, meu mp4 quebrou! Agora estou sem fone, sem música. Volto da escola escutando a conversa dos outros, o barulho dos carros, as buzinas e tantos outros sons, agora sim estou presente.
Foi como se o destino criace mãos, virasse pra mim, me olhasse nos olhos e dissesse em tom de gozação: "Não é esse seu objetivo? Então cumpra! Se vira, menina. Ajoelhou agora tem que rezar, larga de preguiça, não adianta só falar ..." e imediatamente tirasse meus fones da orelha, derrubando toda a parede que me separava do meu objetivo.
Lógico que eu fiquei nervosa quando fiquei sem música, eu simplismente adoro voltar da escola escutando CéU, Marisa Monte, Zeca Baleiro, Gogol Bordello, Novos Baianos, Vanessa da Mata e tantos outros, mas por mais que eu sinta falta agora, foi algo necessário, pois desde o primeiro dia em que passei a voltar da escola sem essa minha barreira, venho conversando com gente diferente no ônibus. Coisa que antes não acontecia.
É sério, até hoje não passei um dia sem conversar com alguém diferente, tô muito feliz com isso. Pretendo seguir dessa forma, pois é algo que só vem a somar pontos positivos pra mim.
Destino, obrigada por arrancar meus fones! =D
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
cordão da insônia
Dorme, dorme babilônia
Quanto mais quietinha fica
Mais aumenta a insônia
E desperta a retina
Mais atiça a procura
Ao silêncio que inspira
E que pelo ar flutua
Sussurrando pr'onde ir
Vou saindo pela rua
Deixo o som me conduzir
Saio no cordão da insônia
Num bocejo que faz rir
E que pelo ar flutua
Sussurrando pr'onde ir
Vou saindo pela rua
Deixo o som me conduzir
Saio no cordão da insônia
Num bocejo que faz rir
Vou sem medo de altura
Sem perigo de cair
Dorme, dorme babilônia
Faz meu sonho existir.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
janela, janelinha, janelão
"Abrir a janela" é uma frase que pode variar de sentido dependendo de quem a escuta, a lê, a interpreta. A vida é assim. Não existe um modelo de vida, existem vários e essas variações são causadas justamente porque não pensamos iguais ..
Ou será que pensamos iguais e não sabemos? Eu acho que é um pouco de cada.
A gente cresce pensando, discursando a opinião dos outros e só depois de um certo tempo que começamos a assimiliar ideias, perspectivas, a formar o nosso testemunho. Porém, mesmo no nosso testemunho carregamos influências do meio, portanto, não pensamos tão diferente assim dos outros. É como se apenas trocassem os corpos, nunca os pensamentos.
Então como responder a questão inicial? Como responder que não existem modelos de vida iguais uma vez que dentro de nós existem vários pensamentos alheios introduzidos? Acredito que a resposta esteja exatamente na tal da janela!
Há quem abra apenas uma fresta dessa janela, há quem a abra pela metade, quem há abre completamente e também há quem nem se quer ousa abri-la!
Falando por mim .. eu sou uma pessoa que nasceu com a janela totalmente fechada e que aos poucos vem tentando abri-la ... venho tentando enxergar novos horizontes, levar a sério a frase que diz que o buraco sempre está mais abaixo.
E é nessa minha manha que eu vou descobrindo novos pensamentos, novos motivos, novas ideias.
Eu não quero dizer com isso que sou um ser vivo diferente. Sou igual, infelizmente. Mas não busco cada vez mais ampliar meus conhecimentos simplismente para tentar ser A diferente, é por questão de insatisfação mesmo. Minha satisfação não existe e nem deve existir, pois uma vez que ela entra em jogo, a partida termina. Estar satisfeito é o limite e eu não quero isso!
Os pensamentos alheios que temos dentro de nós são simplismente limites alcançados em determinadas situações. Limites sociais e mentais é o que abastece a maioria das cabeças.
Nessa toada posso concluir que quem vive com a janela fechada, vive com as perspectivas dos outros na cabeça, nada além disso. Tendo apenas essa visão você automaticamente se torna um ser igual e limitado. Não é um ser que explora o fundo, que aproveita o infinito, o mistério.
O mistério do planeta, o nosso mistério ...
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
frases:
"Minha tribo sou eu."
"Solidão não cura com aspirina."
"Telefone não basta ao desejo,o que mais invejo é o que não vejo."
"Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder. Tem que acontecer, tem que ser assim. Nada permanece inalterado até o fim ... "
"Vejo os pombos no asfalto, eles sabem voar alto, mas insistem em catar as migalhas do chão."
"Melhor é dar razão a quem perdoa. Melhor é dar perdão a quem perdeu."
"O coração do homem-bomba faz tum tum até o dia em que ele fizer bum!"
"Igual a mim quanto trouxa que tem que se apaixona e chora também. Você quer ser o meu mal, mas sabe que podia ser meu bem"
"Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho."
"Nada nesse mundo é nunca mais ... "
felicidade
"Felicidade foi-se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá detras do mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
Felicidade foi-se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
Na minha casa tem um cavalo tordilho
que é irmão do que é filho daquele que o Juca tem
E quando pego meu cavalo e encilho
Sou pior que limpa trilho e corro na frente do trem ... "
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
planos
Agora que o ano já começou chegou a hora de correr atrás da evolução, da minha evolução pessoal.
Todo ano eu me dedico a uma característica diferente minha e tenho a impressão de que já achei á que vou me dedicar nesse novo ciclo.
Se trata do meu medo em encarar as pessoas. Medo, vergonha, receio, falta de costume (...) que seja! Eu percebi que não consigo mais observar as pessoas que estão ao meu redor.
Eu ando correndo, sem olhar pros lados, sem curtir o momento, enfim .. não faço jus aos olhos que tenho! É até desfeita não fazer proveito da minha visão que, por mais que não seja mais 100%, é quase perfeita.
Fora a "desfeita", eu ainda perco a oportunidade de ver novas pessoas, novas situações, novas imagens, novas perspectivas .. perco um monte de coisas numa tirada só, portanto não quero isso mais não! Vou dar um jeito nisso aí nos próximos 365 dias (sei que agora são menos).
Olha, ontem aconteceu uma coisa muito legal enquanto eu voltava da escola! Uma mulher que estava dentro do carro se comunicou comigo e foi bem simpática. É in-crí-vel como um simples sorriso é capaz de gerar outro. Sorrir para desconhecidos na rua pode ser uma terapia e tanto. Eu tenho o costume de sorrir pras velhinhas na rua, mas eu faço o papel da reação. A ação é com elas. Ou seja, elas sorriem e eu apenas sorrio de volta, é tão satisfatório quanto.
Eu já sabia que sorrir pros outros, ajudar os outros faz um bem danado pra alma .. mas eu tinha me esquecido parcialmente disso, portanto, nesse ano também pretendo por tudo isso em prática.
Nesse ano eu vou querer contato social, mas nada tão intenso, até mesmo porque eu me encaixo perfeitamente na frase:"Não me diga que me ama, não me queira, não me afague ...". Eu não gosto de tumulto. Em outras frases é isso mesmo.
O tipo de contato social que eu pretendo ter é o que tem relação com a interação a distância mesmo. É me comunicar com desconhecidos, seja oralmente ou pelos próprios sorrisos mesmo. Por gestos, expressões faciais .. enfim, quero viver aí o momento, sair do meu mundo e ir viver com os outros o nosso mundo em comum.
Dá pra viver tanta coisa boa num dia só ... sem falar que sai pra caramba da rotina, ainda mais estando numa cidade tão grande como São Paulo.
Bom, isso é só o começo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
agora sim: pode vir 2011
Agora sim posso passar a considerar o ano de dois mil e onze!
Meu querido pai recebeu alta hoje do hospital. Confesso que não foi surpresa pra mim, pois já sabia da possibilidade. Foi assim:
Saí da escola, peguei um bumba e fui direto pro hospital pra, caso ele ainda estivesse lá, passar um tempinho com ele. Chegando lá fui na recepção e perguntei por meu pai. Detalhe: To famosa por lá já .. Já virou informal a conversa, mas eu até que gostei da situação, tem tanta gente legal por aí, mas enfim .. Perguntei por meu pai e o menino disse que ele já tinha recebido alta! Fiquei muito feliz, e até comemorei com ele - falei que tinha ficado informal -. Liguei pra casa, meu pai atendeu e aí fui correndo pra casa.
Olha, foram dias de muitas novidades. Cada dia uma nova provação, novas experiências, novas sensações, muitas mudanças e graças a Deus as mudanças foram positivas, só trouxeram coisas boas pros nossos corações, pras nossas cabeças. Nossa fé aumentou muito, se já era grande agora chegou ao extremo. Se antes já eramos unidos, agora somos grudados um noutro! Cara, melhorou muito! Um mês faz muita diferença na vida de uma pessoa, um dia já muda completamente o destino de alguém, imagine só então a nossa situação.
De agora em diante é só felicidade, muita tranquilidade, saúde, paz, amor e muita vivência pela frente.
Tô feliz demais, estamos feliz demais. Muito, muito obrigada pela experiência!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
diariando
Ontem de fato fui dormir com meu pai no hospital. Eu fiquei um pouco perdida no começo, pois nem imaginava como era dormir num ambiente daqueles. Eu posso até já ter dormido nessas condições quando nasci, mas não me recordo da sensação, obviamente.
Foi legal ficar ao lado do meu pai, ajuda-lo no que fosse preciso, conversar com ele, falar sobre a escola, as provas, pedir pra ele assinar um papel sobre as normas e mais bacana ainda foi quando os médicos chegaram lá para dar a ultima analise do dia. Eles viram o estado do meu pai e ficaram felizes, disseram que essa semana há a possibilidade dele receber alta, pois já está bem disposto, se recuperou bem. Quando ele foi falar a novidade pra minha mãe vi logo o sorriso na cara dele, ele tá doidinho pra sair do hospital e ir no mês que vem pra Minas Gerais tocar com meu tio na comemoração do aniversário da nossa cidade. Sei que é feio o que vou dizer, mas ele tem que mostrar para aquelas pessoas que ele está vivo! O tanto de coisa que esse pessoal deve ter imaginado .. tsc tsc, só deve ter saído catastrofe.
O legal de toda essa experiência - pelo menos pra mim - foi que eu perdi um pouco do medo que eu sempre tive de hospital, pois quase todos os dias eu estava lá vendo as mais crueis cenas, acho que superei um pouco do medo e até já pensei considerar a ideia de me formar nesse ramo, mas vamos sem pressa com o andor, pois o famoso Santo é de barro. Mas tendo em vista que antes eu passava longe de hipótese e que hoje eu já até considero .. podemos receber isso como um avanço.
Acho que o fato de ter visto todos aqueles médicos, enfermeiros (...) felizes e trabalhando como qualquer outro profissional ajudou muito nessa minha evolução, mas eu compreendo que eles estão lá porque gostam do que fazem, gostando do que se faz você se torna capaz de cumprir qualquer tarefa, né? Por isso fico com um pé atrás.
Mas eim, acho que amanhã meu pai já recebe o veredito! Uff, vai ser uma festança só, muita alegria, muita saúde, muita paz, vai começar meu ano .. pera que já tá chegando o dia.
É incrível como a gente sempre aprende, como a gente sempre poder somar coisas boas até mesmo nas piores situações. São reflexões como essas que me alegram, que me sentir vontade de passar por vários momentos em toda essa minha longa jornada. Isso poderia soar meio masoquista, mas não nesse contexto, certinho?
Agora é continuar esperando, rezando, pensando, estudando, vivendo, escutando música, nossa .. agora é viver por aí de qualquer jeito mesmo.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
começando de novo.
Hoje já voltei a ir á escola. Aos poucos vou sentindo que tudo está voltando mais ou menos pro lugar. Já estou conseguindo me organizar, pegando tudo o que perdi durante uma semana e me adaptando ás mudanças. Acho que o grande problema são elas, pois são muitas .. não apenas no meio educacional, no pessoal também.
Neste ano a administração da escola decidiu mudar o sistema de ensino. Infelizmente não mudaram praquele que eu tanto, tanto, tanto sonho! (ah vá!) fizeram algumas mudanças que pouquissimas pessoas aprovaram, mas fazer o que, né? Na escola a gente não manda, pelo menos não nesse esquema tradicional, no meu a gente manda, sim! Todos mandam, na verdade.
No meio pessoal nem preciso dizer as mudanças ... Tá certo que agora a maré nervosa tá mais light, porém, ela ainda existe e enquanto ela estiver no nosso caminho teremos que assumir certas responsabilidades e experiencias que nunca vivenciamos antes. Hoje mesmo, por exemplo, talvez terei que dormir no hospital com meu pai e sair amanhã cedinho de lá e ir andando para a escola. Não dá mais para faltar, já faltei muito e tô perdendo coisa adoidado, mas estamos falando de saúde, estamos falando de pais, estamos falando de algo superior e eu me arrisco sim, inquestionável.
Cara, já era pro meu pai ter saído do hospital .. mas tá numa enrola, isso acaba com a paciência de qualquer um - até mesmo a dele -. Mas vamos tentando fazer essas manobras da vida e ver no que é que vai dar, tem que dar certo, vai dar certo, já está dando, oras! Pelo menos é o que parece ...
Hoje enquanto eu voltava da escola estava muito feliz! Eu adoro andar pelas ruas escutando minhas musiquinhas, ver pessoas diferentes, o movimento todo que tem por aqui. Eu pareço uma louca por todos os dias andar mais do que o preciso, se eu quisesse eu poderia chegar em casa meia hora antes da hora oficial que eu costumo chegar por aqui, mas eu gosto da andança, gosto de prolongar esse momento. A fome até passa. Tudo, ou quase tudo, fica mais calmo e é justamente isso que eu quero na minha vida: a calmaria.
Acordar com pressa, passar o período de aula ansiando pelo término, a pressa de colocar as matérias no lugar, tarefa, prova, trabalho, casa, louça, comida, hora de tomar banho, dormir, telefone, relógio, tempo, tempo, relógio! A hora que eu tiro pra andar é um dos poucos momentos em que eu não penso no tempo, então tem que aproveitar. Não gosto do tempo em geral.
Também no dia de hoje conheci meu novo professor de História e meu novo professor de Filosofia/Sociologia. Aparentemente eu gostei mais do de História, o de Filosofia não me convenceu tanto, pelo menos não por enquanto. Ele não tem jeito de professor de Filosofia, ele parece não ter paciencia, parece ter limites e eu, na minha visão, não consigo imaginar o pensamento como algo limitado, por isso não gostei. Mas pode também ser apenas a primeira impressão, as vezes é a primeira que fica, mas nem sempre é assim. Pelo menos não comigo.
Paciência, tempo, pressa, conhecer, responsabilidade, desgosto, sono, pensar, rotina (...). É, acho que minhas aulas começaram pra valer mesmo!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sobradinho
"O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O são francisco lá prá cima da bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Adeus remanso, casa nova, sento-sé
Adeus pilão arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
Vai ter barragem no salto do sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
... Virou
Remanso, casa nova, sento sé, pilão arcado, sobradinho
Adeu, adeus
Remanso, casa nova, sento sé, pilão arcado, sobradinho
Adeu, adeus
Remanso, casa nova, sento sé, pilão arcado, sobradinho
Adeu, adeus
Remanso, casa nova, sento sé, pilão arcado, sobradinho
Adeu, adeus "
sábado, 5 de fevereiro de 2011
mudanças.
Que os tempos são outros não é mais novidade para ninguém. Só não enxerga quem não quer ou quem parou no tempo, ou seja: é só quem não quer mesmo ..
Hoje em dia tem muita coisa invertida por esses chãos, porém, não é porque está "invertido" que está errado, apenas está diferente do até então habitual. Acho importante colocar isso em evidência.
A força da mulher que dominou o nosso século está inclusa na lista de situações que se inverteram na sociedade. Foi uma inversão mega positiva e eu não falo assim por ser menina, não! Falo porque sei que as mudanças são necessárias e devem ser encaradas como algo bom, sempre como algo construtivo.
Encaro as mudanças como o extremo de qualquer situação. Acredito que quando uma mudança acontece é por pura necessidade interna, é porque chegamos a um momento limite, porém, em alguns casos não temos noção de que estamos no fim da linha e é por isso que custamos a aceitar as diferenças que entram na nossa rotina.
Também tem quando temos ciência de que estamos com o limite esgotado e que jogamos as mãos aos céus quando uma mudança chega.
Então são dois casos de mudanças: a que se custa a aceitar por não saber que são necessárias e as que se aceitam facilmente por saberem que é se extrema precisão.
Portanto, essa é a minha interpretação das mudanças e é por isso que as considero sempre, direto e reto, algo de carater positivo.
Voltando mais para o lado afetivo. Se ontem era o homem quem pisava nos sentimentos da mulher, hoje é a mulher que causa para cima dele. Simples assim.
Sem querer assustar, considero o meu genero mais assustador do que o genero deles, acho que as mulheres assim como podem ser extremamente doceis e frageis, também conseguem ser extremamente, absurdamente frias e calculistas. Sim, mulheres também são vingativas e os homens deveriam ter medo disso.
Hoje em dia a mulher é quem pisa no coração deles, é a mulher quem toma as redeas da relação, é a mulher quem diz "não", que diz "sim", é a mulher que não quer mais casar, não quer mais filhos, não quer mais relação séria. É ... são as mudanças que estão aí.
Por fim só tenho uma coisa a dizer: Viva ás mudanças!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Você diz que ..
Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove.
Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha.
Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra.
É por isso que eu tenho medo, você também diz que me ama.
William Shakespeare
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
meu ano ainda não começou.
Hoje não fui estudar, acho que amanhã também não irei, talvez depois de amanhã. Tenho meus motivos, nós aqui de casa temos isso de sobra.
A ausência do meu pai afeta em muitas coisas aqui dentro do nosso lar e toda a ajuda, todo o tempo livre que nós filhos tivermos para ajudar minha mãe é bem vindo.
Fui bastante útil .. depois de ajudar aqui em casa, segui para o hospital com a minha tia. Minha casa anda muito movimentada ultimamente, vários parentes saem de Minas, Brasilia (...) para acompanhar de perto e até mesmo poder dar uma ajudinha aqui em casa, pois minha mãe não dirige e não tem muito tempo para determinadas coisas.
Fomos andando até o hospital e ficamos lá a tarde todinha, minha mãe chegou depois .. foi bacana.
Meu pai ainda está meio irreconhecível, a cirurgia mexe demais com o rosto. Mexe com o nariz, com os olhos, com a boca, com as bochechas ... então a expressão facial altera bastante, muitos hematomas .. é, tem quem nem aguente ficar encarado-o por muito tempo, mas eu meio que me "acostumei".
Graças a Deus, aos Anjos e Santos, meu pai está bem .. um piadista, como sempre. Mas mesmo com toda essa certeza, todo esse alívio, eu ainda consegui passar mal lá hoje. Acho que é a emoção, a preocupação, a ansiedade, saudade .. Junta tudo e minha pressão acaba baixando bastante, mas é coisa passageira, sempre é, pelo menos dá tempo de avisar. "Mãe, acho que preciso me sentar" haauhaa .. ai ai, como eu sou previsível.
Bom, que meu pai continue se recuperando lá no hospital, que continue forte e com a fé dele! Pensei que depois da cirurgia dele as coisas voltariam ao normal, cheguei a dizer que "agora sim meu ano começou", mas não .. ainda não sinto dessa forma. Acho que só vou sossegar quando meu pai estiver aqui com a gente, aí sim meu ano estará se iniciando, aí sim estarei preparada pra pegar firme nos estudos e cumprir meus 365 dias na missão .. bem na bubuia :D
Eu pensei que nesse ano teríamos decisoes sobre onde iriamos morar: Minas ou continuar em São Paulo, mas acho que o plano será adiado, primeiro a saúde, depois veremos isso. Mas de qualquer forma eu estava prevendo mudanças para 2011 e isso não está faltando, pelo menos não por enquanto.
Mudança de rotina, de sentimentos, de planos, de comportamento .. tudo conta, tudo entra pra lista.
Ei, mas tem ponto positivo naquele hospital também .. tem cada médico bonito, dá até gosto de ver, não digo que dá vontade de ficar doente porque aí já é demais! mas tem muitos meninos bonitos, são aqueles mais novinhos que ficam pegando experiencia, esqueci como se chama isso.
Mas é isso aí .. Fé na festa :D
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
volta ás aulas.
A volta às aulas é um momento delicado, pois é um tanto quanto preocupante. Pode não parecer, mas é.
A partir do momento em que você volta a reservar grande parte dos seus dias ao estudo, á escola, á disciplina, você abandona algo que vale mais do que simplismente acordar a hora que você quiser. Você abre mão da sua liberdade de escolha e muitas vezes abre mão da liberdade de expressão, pois na escola você não é o que quer ser, você é o que as leis da escola manda e, caso você ouse desvia-las, há o risco de punição (que muitas vezes são uma merda). Ah, inclusive não é apenas na escola que esse tipo de privação existe, é fato.
Pensar que esse foi o primeiro dia de vários que virão é desgastante, um tanto quanto desanimador.
Olha, 2011 tá aí. Entra ano e sai ano e, bem como eu disse, única coisa que muda na minha rotina escolar é a série, o conteúdo, pouquissimas coisas mudam, porém, nesse ano houveram mudanças. E, como toda mudança, há a exigencia da adaptação.
Cara, estudar é um porre mesmo ... aff, to sem paciencia hoje. Meu cabelo tá caindo, meu pai ta no hospital, o preço do passe escolar aumentou, vai ter prova toda semana na escola ... ave cruz!
Paz e saúde ... isso eu ainda tenho! Pode não parecer, mas tenho. Isso é coisa passageira, amanhã passa. É estresse do primeiro dia.
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