pouca gente sabe, mai eu há um tempo venho dibuiando niriba duma pesquisa sobre a cultura reggae sound system.
a ideia é abordar essa cultura como uma estratégia possível de autoestima e de fortalecimento de jovens que vivem nas periferias de sampa city.
num foi lá dos camim mai fácil decidir desenvolver esse rolê .. isso porque num foi assim que eu conheci o sistema de som. o afeto me levou a pesquisa, e não o contrário.
e é por ter afeto e por ter conhecido tanta gente boa nessa caminhada, e sobretudo por entender que o reggae é transversal, ultrapassando os limites da música, que tenho muito respeito por essa cultura que me faz aprender tanto sobre as coisa do mundo.
minha formação tem sido voltada para o cuidado e o cuidado, esse trem tão grande, tá sempre em relação ao que há de mais frágil em algo ou em alguém. a gente só cuida porque há um descuido. é as coerência das palavra revelano nossos descombino enquanto ser social.
no caso da população das periferias, a fragilidade é memo plantada. num tem jeito .. faz parte de uma proposta muito maior que inviabiliza modos de existir.
a gente esconde o mundo do próprio mundo e o sistema de som desafia esse projeto toda vez que amplifica mensagens em territórios que querem calados.
tem muita coisa aconteceno ..
e pra num ficar falando sozinha, tenho proseado com seletoras e seletores que confirmam o que me zói distante, mai sensível, dalgum jeito conseguiu capturar.
cada conversa me emociona dum jeito diferente
e me faz perceber que o sistema de som
no topo de sua engenhoca doida
é uma máquina de fazer gente ..
zuba